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Mulheres encarceradas

Hoje conversei com uma cliente que está detida no CDP de Franco da Rocha.

Foi acusada de ter praticado roubo e integrar organização criminosa.

Ao ouvi-la constatei que se trata de mais uma mulher induzida (normalmente mediante violência ou ameaça) a participar do crime por seu (ex) companheiro.

Cheguei a esta conclusão pela conversa que tivemos e pelos documentos que analisei, dentre eles sua carteira de trabalho, que ainda conta com anotação de emprego.

É certo que em pouco tempo será dispensada e passará a fazer parte dos milhões de  desempregados existentes no Brasil.

Ainda me referindo a estatísticas importa publicar algumas informações.

De acordo com estudos realizados pela organização “mulheres em prisão” a maioria delas não possui antecedentes criminais, são mães e têm dificuldades em conseguir empregos formais.

Outros dados que chamam a atenção: grande parte é negra, jovem e com pouco estudo.

Infelizmente minha cliente faz parte dessa estatística, pois é jovem, tem pouco estudo e dois filhos menores de idade.

O objetivo agora é atuar para que ela consiga liberdade, pois assim poderá voltar a trabalhar e a cuidar de seus filhos.

A título de conhecimento seu ex-companheiro a abandonou; fugiu!